sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A Rosa Separada – Pablo Neruda

(Um trecho do livro)

Amor, amor, oh separada minha
por tantas vezes mar como neve e distância,
mínima e misteriosa, rodeada
de eternidade, agradeço
não só teu olhar de donzela,
tua brancura oculta, rosa secreta, mas
o esplendor moral de tuas estátuas,
a paz abandonada que me confiastes nas mãos:
o dia detido em tua garganta.

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